O Dia que Meu Braço Parou

Domingo, 08 de Maio de 2011. Esse dia vai ficar marcado como o dia que eu mais fiquei assustado na minha vida (ou não!?). Ontem foi mais uma noite de sábado tediosa, fiquei e casa assistindo a um filme de invasão alienígena com o meu pai, fui deitar por volta de 2 e meia da madruga. Como sempre fiquei pensando num monte de coisas até pegar no sono, um sono que foi interrompido de maneira assustadora.

Os acontecimentos a seguir ocorreram entre 07:11 e 07:25 da manhã...

Estava sonhando que tava sendo atacado pelos aliens do filme da noite anterior, até que acordei subitamente de um sono profundo, estava deitado de bruços com todo meu peso de 61 quilos em cima do meu braço direito. Parecia estar muito cedo então resolvi me acomodar em outra posição para voltar a dormir, virei de barriga para cima e meu braço direito ficou sobre a minha barriga.

Parecia que eu tinha dormido bastante mas eu ainda estava com sono e queria matar o ET do meu sonho, resolvi pegar meu celular para olhar as horas. Estendi meu braço direito... estendi meu braço... opa, perai! MEU BRAÇO NÃO SE MEXIA! Meu braço direito estava tão dormente que estava totalmente paralisado. Eu olhava pra ele e falava “mexe braço” e ele lá paradão, totalmente na dele.

Fui entrando em desespero de acordo que os minutos iam passando e meu braço não voltava ao normal. Levantei ele com a outra mão, soltei e ele caiu na cama. Fiz isso outras duas vezes e nada do braço reagir, notei que ele estava mais branco que o normal e começou a vim na minha cabeça imagens daqueles caras que tem o braço comido por um tubarão e coloca um gancho no lugar.

Comecei a bater no meu braço e eu não sentia nada, os dedos não mexiam e pensei “PRONTO, MEU BRAÇO MORREU!”. Sabe esse lance que as pessoas falam de quando estamos num momento critico a nossa vida toda passa diante dos olhos como se fosse um filme? Aconteceu mais ou menos isso comigo e relação ao meu braço. Eu gosto tanto dele, ele está comigo desde que eu nasci, lembrei de todas as coisa que já fiz com ele, todos os momentos que passamos juntos. Fiquei muito triste, porque se meu braço direito morresse seria o mesmo que eu ficar viúvo, porque né...

Foi ai que lembrei do filme Kill Biil, daquela cena que a Uma Thurman acaba de sair do coma e está no banco de trás do carro com as pernas paralisadas. Ela respirou fundo e repetiu por diversas vezes olhando para seus pés a frase “Mexe seu dedão” e depois de um tempo o dedão se mexeu. Então eu me acalmei e falei “Mexe dedo” e mais alto “Mexe dedo, caralho!” e nada dele me respeitar. Até que sem mais nem menos meu polegar se mexeu  e pouco a pouco todos os dedos foram se mexendo. Mas enfim, foi um grande sufoco e um momento bem tenso.

FIM!
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